Belo Horizonte (MG), 31 de julho de 2012.
Cooperando com o futuro
Ainda
mergulhado no espírito olímpico e cheio de esperanças, convido você, leitor,
aluno, cidadão, curioso e internauta, seja benvindo ao 2º semestre.
Hoje é
aquele dia comprido, que a gente torce para não acabar, mas que passa
rapidinho, bem ligeiro e leva nosso tempo de descanso, reflexão e parada
obrigatória.
Os
próximos anos serão para o Brasil e para o Mundo, anos decisivos. O Brasil será
palco de grandes eventos esportivos internacionais, depois de ter realizado uma
Rio+20, frustrante para alguns, cheia de esperança para outros.
Desde
2010, a década começou quente, cheia de primaveras. Uma onda de democracia
varreu o Oriente Médio. Protestos contra o sistema globalizado no Chile, na
Espanha, na Inglaterra, em Wall Street, coração do mundo financeiro, em Nova
York.
A
Unesco, órgão da ONU que defende a educação, ciência e a tecnologia para todos,
declarou que 2012 deve ser voltado para
o estímulo à cooperação.
O nosso
papel deve ser pensar em formas coletivas de viver no mundo que redefina a
diferença entre interesses particulares e questões coletivas. Precisamos
reinventar praças públicas, lugares comuns, espaços de encontro.
Seja no
cinema, na escola ou na igreja, precisamos nos encontrar e conversar a respeito
de problemas comuns, coisas que precisamos consertar em nosso ambiente, no uso
de nossa energia.
A tarefa
mais difícil, no entanto, será limpar nossa casa e nosso pensamento e ficarmos
leves. O compromisso maior será com a causa da tranquilidade. No lugar do
conforto passageiro, uma vida de justo e permanente respeito ao próximo, à
natureza e ao mistério que cerca cada forma de vida em nosso mundo.
Por
isso, convido você a inventar um segundo tempo para o ano que seja melhor que o
primeiro. Levando em conta o que foi conhecido e descoberto na primeira parte
do jogo, falta a decisão, falta o complemento, falta uma conclusão.
O
Brasil, assim como eu, ficou cansado. Estamos cansados de começarmos bem as
coisas, de vencermos somente nas primeiras rodadas dos campeonatos, de sermos
bons competidores, de participarmos apenas nos processos eleitorais, de
comprarmos sempre muito e cuidarmos sempre pouco.
Queremos
a plenitude, queremos ganhar, queremos vitórias, queremos acompanhar, cobrar e
fiscalizar nossos representantes, queremos participar das escolhas e queremos
decidir.
Eu
quero. Você quer? 2012 será o fim ou o começo do ciclo vitorioso do Brasil?
LUIZ
CLAUDIO DE ARAUJO PINHO
CIDADÃO
BRASILEIRO